Quando é assim no meio do ano tem gente que só quer saber de comer bolo de milho, pula fogueira e dança um forrozinho. Mas forró bom de dançar agarradinho, para ver se as simpatias feitas para Santo Antônio dão certo, só presta se for pé-de-serra. Para reacender a cultura do forró de bailar arrastado, o Benjunino chega hoje (29), dia de São Pedro, à final da terceira edição. O festival de forró e baião é realizado pelo Shopping Benfica.
A exemplo do que já acontece com o Benfolia, festival de marchinhas carnavalesca, o Benjunino é feito com o intuito de promover as tradições culturais, nesse caso do Nordeste.
A superintende do Benfica, Marcirlene Pinheiro explica que o festival começou por incentivo dos próprios artistas que se reuniram e propuseram um festival que homenageasse as "coisas da terra". "Nós abraçamos a ideia e tem sido um sucesso", diz e completa: "Do público que vem a gente sempre ouve 'Era assim que eu dançava com a sua mãe', porque o forró pé-de-serra tem letra, tem poesia".
O festival este ano começou dia 15 com a apresentação de Waldonys, que é o homenageado desta edição e intitula os troféus que vão ser entregues hoje aos compositores dos melhores forrós.
Os critérios para a seleção das músicas é que sejam inéditas, originais e que se encaixem no "ritmo junino no estilo tradicional".
Depois das eliminatórias, restaram dez músicas. Na Ciranda de São João é uma delas, de composição do militar e músico Décio Brandão. Ele conta que é velho participante de festivais e que tem a música como hobby. Nascido em Santa Catarina, Décio mora em Fortaleza há 28 anos e apesar de ainda não ter se acostumado com o clima quente da capital cearense, já se habituou ao forró, "porque a música é universal". Ano passado, ficou em segundo lugar no Benjunino, porque segundo ele o nível dos concorrente era alto. "Dessa vez estou confiante, acho que estou bem cotado. Não saio sem estar pelo menos entre os cinco, não", garante.
Décio vê com bons olhos a iniciativa de um festival nesse molde. "É importante resgatar essa tradição folclórica de vocês (nordestinos) e para mim é um grande lazer", conta. Freire Neto, professor, radialista e jurado do festival compartilha da mesma visão. "Serve para não deixar fenecer a nossa cultura, as nossas músicas, para manter viva a tradição", concorda.
SERVIÇO
FINAL 3ª EDIÇÃO DO BENJUNINO
Quando: hoje (29), a partir das 19 horas
Programação gratuitaOutras info.: 3243 1000
Estrela do Norte:(85)9917-2648/9612-2797/8733-0582